quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O Tempo

Do rol das minhas patologias de estimação há uma que é determinante: a minha relação com o tempo.

Segundo os gregos, existem dois conceitos distintos de tempo: Cronos (o tempo cronológico) e Kairos (o tempo subjectivo, definido como O momento certo para algo).
Cheguei então à conclusão que, se a minha relação com o Cronos não é famosa (faltam-me minutos pela manhã a caminho do trabalho, sobram-me horas até à saída…), a minha relação com o Kairos é completamente desastrosa!

Como uma personagem saída de um livro de ficção cientifica, ando sempre em viagem entre o futuro que há-de ser e o passado que já foi, não conseguindo tolerar o aqui e agora. E o presente está a milhas de ser desinteressante ou triste, muito pelo contrário. No entanto, estou sempre submersa no “se eu tivesse feito assim…” ou no “quando…. vou fazer….”.

Outro aspecto característico é o Síndrome do Donkey (“are we there yet?”), que é sinal tipico de ansiedade e que vem já da minha infância, com o seu ponto alto na história que a minha mãezinha conta e reconta, de quando plantei um feijão em algodão, numa daquelas experiências da escola, e depois passei o tempo todo a destapar o dito cujo, para ver se já tinha nascido… (escusado será dizer que se finou!)
Por fim, temos ainda a questão da procrastinação, que já me trouxe muitos lufa-lufas, mas que me parece ser uma companheira para a vida.

Pois é, hoje deu-me para a auto-análise, pode ser que amanhã me dê para a auto-terapia….

1 comentário:

Ka disse...

Morgenita,

Hoje por causa da minha falta de tempo e disponibilidade mental só passo a dier lá e a deixar um beijo.

Amanhã venho comentar o post ok?

Beijocas